O coração da mulher precisa de atenção. E quando o assunto é menopausa a maioria das pessoas se atenta apenas na osteoporose ou nas ondas de calor ocorridas por conta desse período, mas é um momento de redobrar os cuidados com a saúde. Afinal, cerca de 80% das mulheres, eventualmente, desenvolvem hipertensão arterial nesta fase.
O ciclo que antecede a menopausa, chamado de climatério, pode ser decisivo para definir a saúde cardiovascular das mulheres, pois é comum neste período que ocorram alterações no perfil lipídico. Ou seja, os níveis de colesterol total e do LDL aumentam e, na pós-menopausa, as mulheres costumam manifestar concentrações mais altas de colesterol total, LDL e triglicerídeos. Também pode acontecer uma queda do HDL (colesterol bom)
As artérias também começam a enrijecer com o tempo, reduzindo a elasticidade das mesmas e afetando o bombeamento do sangue. Isso pode levar à pressão alta e potencialmente a situações mais graves como ataques cardíacos e derrames, além de contribuir para danos a outros órgãos, como rins e pulmões.
O risco de doenças cardiovasculares costuma aumentar após os 40 anos de idade, mas fica ainda maior após os 50, quando finalmente a menopausa chega. E estudos mostram que existe um aumento de 30% em casos de infarto e cirurgias cardíacas em mulheres nesse período. Isso deve-se à diminuição do hormônio estrogênio durante o climatério, que é um protetor aliado do coração, já que esse hormônio estimula a dilatação dos vasos e facilita o fluxo sanguíneo.
Considerando que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade em mulheres no Brasil, sobretudo após o período da menopausa, é de extrema importância que haja uma atenção ampliada para reduzir as chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares e para o controle da pressão arterial. Além disso, é indicado fazer um acompanhamento médico com cardiologista e ginecologista, especialmente quando houver recomendações de reposição hormonal.
