O colesterol alto ou Dislipidemia é um dos grandes vilões da saúde, já que ele pode ser é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose, que é responsável pela maioria dos quadros de infarto ou AVC.
De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 40% dos brasileiros estão com os níveis de colesterol acima do ideal, o que equivale a cerca de 60 milhões de pessoas no país.
Além disso, o estudo também mostrou que aproximadamente 11% nunca fez nenhum exame para avaliar o seu colesterol preventivo de colesterol alto e quase 70% fez o teste somente após os 45 anos. No entanto, a SBC ressalta a importância do diagnóstico precoce, para um tratamento mais efetivo e redução dos riscos cardíacos.
Já que o colesterol é algo que desperta bastante curiosidade, – e não é difícil encontrar por aí algumas “receitas milagrosas” para manter os níveis considerados normais – o artigo de hoje vai tratar justamente dos mitos e verdades sobre o colesterol alto.
Acompanhe os esclarecimentos da Dra. Cristina Silveira e saiba como realmente se cuidar (sem cair em nenhuma ladainha!).
O colesterol alto é uma doença?
Verdade. O colesterol é importante para síntese de hormônios e produção de vitamina D.
Porém, quando acima dos valores considerados ideais é fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas, especialmente a aterosclerose, responsável pela obstrução das artérias, que pode levar ao infarto.
As pessoas magras não têm colesterol alto
Mito. Essa é uma ideia muito errônea que se tem sobre o colesterol alto. Qualquer pessoa, independentemente do peso, pode ter os níveis alterados no sangue e desenvolver doenças relacionadas ao colesterol.
Inclusive, há fatores hereditários que podem contribuir para o colesterol alto – novamente, sem importar com o peso do indivíduo.
Comer ovo aumenta o colesterol
Mito. O ovo é um dos alimentos mais completos em termos nutricionais, sendo uma ótima fonte de proteína, vitaminas A, B2, B5, B6 e B12, além de ferro e zinco.
Nos pacientes com dislipidemia pode ser necessário reduzir a quantidade diária ingerida.
No entanto, o melhor é fazer acompanhamento médico, em conjunto com uma nutricionista para avaliar caso a caso.
Dietas “low carb” (sem carboidrato) podem aumentar o colesterol
70% do nosso colesterol é produzido pelo fígado e aproximadamente 30% vem da nossa alimentação. Costumo recomendar que os pacientes façam uma dieta balanceada, sem restrições rígidas, pois é muito difícil manter essas restrições a longo prazo. Além disso, como a dieta é responsável por uma parcela menor do nosso colesterol, é comum os pacientes ficarem desmotivados ao ver que a dieta super restrita não surtiu todo o efeito desejado. Equilíbrio é a chave de tudo!
Água com limão e água de berinjela diminuem o colesterol
Mito. A receita de água com limão, ou beber água de berinjela, são muito conhecidas por quem faz dietas restritivas. Mas, elas não ajudam no combate ao colesterol alto. Não há nenhuma comprovação científica sobre isso.
Mas, é recomendável ter uma boa ingestão de líquidos, mesmo que você não esteja fazendo dieta. Por isso, na dúvida, beba um bom copo de água natural que os resultados para o seu organismo são ótimos!
Criança não tem colesterol alto
Mito. Embora o colesterol alto seja mais frequente na idade adulta, ele pode aparecer também em crianças, principalmente quando outras pessoas da família tem o problema.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os cuidados com o colesterol alto devem começar ainda na infância, a partir da adoção de uma dieta saudável e equilibrada, com maior ingestão de frutas, legumes e verduras.
Exercícios físicos diminuem o colesterol
Verdade. Os exercícios físicos são fundamentais para o nosso corpo, contribuindo para o controle de várias doenças, inclusive do colesterol alto e outros fatores de risco associados aos problemas cardiovasculares.
O ideal é fazer uma consulta prévia, para avaliar se não há nenhuma restrição para a prática de exercícios físicos, já que algumas pessoas devem recorrer às atividades de menor impacto, principalmente quando há a presença de doenças cardíacas associadas.
Atualmente, uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos regulares são as melhores formas de combater o colesterol alto. Os valores “ideais” de colesterol variam de acordo com o risco cardiovascular global de cada paciente, por isso é importante uma avaliação completa para checar se o seu colesterol está dentro da meta no seu caso específico.
Quer saber mais sobre colesterol alto e conhecer algumas dicas para manter os níveis adequados no sangue? Entre em contato comigo!